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A dor de mudar, por que?

A dor de mudar, por que?

O quanto você tem dificuldade para se libertar de uma crença que te faz sofrer?

 

Por que isso acontece? Por que temos essa dificuldade para nos libertarmos de algo que conscientemente já não queremos mais em nossa vida?

Há quem diga que por falta de vontade, por escolha, por sinceramente não querer mudar… blá, blá, blá…

A verdade é que mesmo com todo o conhecimento e uso de técnicas, ainda assim, quando a crença é muito profunda, a coisa fica difícil mesmo! Parece que queremos sentir o que temos como direito de sentir, queremos sentir toda intensidade do nosso sofrimento e assim vamos afundando cada vez mais.

O que fazer?

Conhecer o mecanismo de como as coisas funcionam ajuda bastante, mas não é o suficiente. Uma crença gera pensamentos e sentimentos. Nosso corpo sente a crença quimicamente. Nosso cérebro aciona impulsos nervosos que seguem em circuito levando a mensagem do pensamento e recebe como resposta o disparo químico no corpo. Cada vez que pensamos mais sobre como nos sentimos e sentimos mais como pensamos, criamos um circuito nervoso forte para este estímulo e passamos a funcionar a partir dessa química como um vício mesmo. Isso se torna a nossa verdade e como é a nossa verdade, nos tornamos a crença. 

Esse processo fica automatizado e simplesmente pensamos e sentimos e sentimos e pensamos num círculo vicioso. Quando conscientemente queremos mudar isso, encontramos resistência por parte do nosso corpo e dos circuitos neuronais fortalecidos. É necessário persistência, vontade, acreditar e muita ação para mudar, principalmente porque para mudar o seu presente (sua realidade), você precisa ser uma nova pessoa primeiro. 

Fazer essa mudança radical é como se lançar no desconhecido, no escuro, no vazio, porém como disse DostoiévskI:

“Somos assim, sonhamos o voo mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são lugares onde as certezas moram”.

                                                                                                                                  Fiódor Dostoiévski

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